"A fauna brasileira em processo de extinção"
Atualmente muitos ambientalistas e governos estão preocupados com a extinção de espécies de vertebrados e invertebrados devido à intervenção humana. As causas da extinção incluem a exploração inadequada dos recursos naturais, poluição, destruição do habitat do animal, tráfico de animais silvestres e introdução de novos predadores. Tudo isso tem causado a extinção de centenas de espécies da fauna brasileira e mundial.
Espécies ameaçadas são espécies que estão em perigo de extinção. Extintas na natureza é uma expressão usada para espécies que só existem em cativeiro.
Da América à Ásia, de Norte a Sul, o tráfico ilegal de animais vivos, floresce. O mercado consumidor são os colecionadores privados, laboratórios de pesquisa, lojas de animais, zoológicos, circos e até curandeiros da Ásia. É o terceiro maior negócio em contrabando depois de drogas e armas. Os traficantes combinam ingenuidade com desumanidade nos métodos de disfarce da bagagem/animal. A maioria dos especialistas em desvendar o tráfico animal concorda que a melhor estratégia é conscientizar os compradores e não os vendedores (pois este tráfico é extremamente lucrativo para eles).
Hellabrunn Zoo
O moderno zoológico Hellabrunn, em Munich, Alemanha, é um dos mais interessantes projetos de recuperação e criação de espécies em risco de extinção. A manutenção dos animais em ambiente natural, a criação das espécies ameaçadas para posterior transposição para suas regiões de origem, são a especialidade do zoológico que cria uma enorme quantidade de espécies que vão das aranhas mexicanas "redknees" (joelhos-vermelhos) a uma variedade de pássaros e de animais de grande porte onde sua estória mais surpreendente é o sucesso com os Przewalski, uma sub-espécie de cavalos selvagens originários da Mongólia, descobertos por volta de 1870 por um explorador russo.
Projeto TAMAR
O Projeto Tamar é um dos mais bem sucedidos projetos de preservação de espécies marinhas em risco de extinção no Brasil. Dedicado à preservação das tartarugas marinhas o projeto estende-se por toda a costa brasileira inclusive Fernando de Noronha e Atol das Rocas, dividindo a costa em áreas de alimentação, de reprodução e mistas. As tartarugas têm mais de 150 milhões de anos, resistiram a inúmeras ameaças inclusive adaptando-se de seu habitat original que era a terra, para o marítimo, o que gerou várias mutações no processo de adaptação, mantendo apenas a desova em terra - em praias desertas e durante a noite. Este é seu ponto mais vulnerável. O crescimento populacional e conseqüente invasão das praias tanto com pessoas como com luz elétrica, tem diminuído drasticamente os locais de reprodução das tartarugas marinhas gerando risco de extinção. Os esforços do Projeto Tamar têm garantido-lhes a continuação da espécies.
Mascote do projeto TAMAR - IBAMA |
Situação Mundial
Cientistas do Plano das Nações Unidas para o Meio Ambiente calculam que existam entre 10 e 100 milhões de espécies de seres vivos no planeta. Hoje, somente 1,4 milhões são conhecidos e 25% estão ameaçados de extinção. Todo dia, no mundo inteiro, desaparecem quase trezentas espécies animais e vegetais devido à destruição de seus habitats. O Brasil é um dos países com o maior nível de biodiversidade do planeta. Infelizmente, vários fatores têm contribuído para a destruição de grandes áreas dos ecossistemas mais ricos do país: Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica e Cerrado. Dentre as atividades que ameaçam estes ecossistemas estão a agricultura e pecuária, a extração de madeira, a mineração e a indústria poluente. Em 1990 o IBAMA compilou uma lista de animais em extinção no Brasil. A maioria das espécies é oriunda da Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal. Entre eles estão: 57 mamíferos, 108 aves, 9 répteis e 32 invertebrados.
Imagens de alguns animais e extinção:
Curiosidade.:
*Clique no link abaixo para visualizar a lista atualizada - completa dos animais e extinção cedida pelo IBAMA.
* Ibama vai autorizar criação de animal silvestre
Animais silvestres nativos do Brasil, como o papagaio verdadeiro, o bicudo, o canário-da-terra e o trinca-ferro, terão a criação doméstica e a venda comercial autorizadas pelo Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) até o fim do ano. A medida visa a combater o tráfico de animais silvestres, que movimenta milhões e alimenta uma máfia internacional, disse João Pessoa Riograndense Júnior, coordenador de Fauna do Ibama.
Da lista deverão constar outros espécimes não só de psitacídeos, como o papagaio verdadeiro (Amazona aestiva), que tem coloração geral verde, fronte azul, vértice, face e garganta amarelos, base da cauda vermelha e ponta das asas preta, e passeriformes, como o bicudo e o trinca-ferro. Mas o Ibama ainda não concluiu a lista. É certo que não constará nenhum tipo de primatas nem felídeos, como onças e jaguatiricas. É possível que na lista apareça algum tipo de cobra, pois várias delas são nativas do Brasil (não exclusivamente), como a jararaca e a jararacuçu.
A liberação da criação e comércio das espécies silvestres nativas do Brasil como animais domésticos obedece à Resolução 394/07, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Ela foi tomada em cumprimento à Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92), realizada no Brasil. Visa a prever, prevenir e combater na origem as causas da redução ou perda da diversidade biológica, controlar ou erradicar e impedir que se introduzam espécies exóticas que ameacem os ecossistemas, hábitats ou espécies.
Para João Pessoa, internamente pode ser um importante instrumento de combate ao contrabando de animais, pois oferecerá a quem quiser ter um desses em casa a oportunidade de criá-lo em condição legal, sem risco de prisão e de pagamento de multa. Os animais só poderão ser vendidos por criadouros com atividades autorizadas pelo Ibama. O comércio de animais em feiras ou beira de estrada continua ilegal.
Do mesmo modo, não será autorizado que eles sejam recolhidos no campo e levados para casa. O nascimento de filhotes, mesmo que de animais comprados legalmente, terá de ser comunicado ao governo. De acordo com dados do Ibama, o contrabando nacional e internacional de animais silvestres é o terceiro tipo de tráfico mais lucrativo no Brasil, perdendo apenas para o de drogas e de armas. Com isso, a biodiversidade do País vem sendo constantemente ameaçada pela perda anual de uma quantia incalculável de animais. Dados da organização não-governamental Rede Nacional contra o Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) mostram que, ao contrário do que se pensa, a maior parte se destina ao mercado interno, e não ao externo.
O valor de venda de um animal raro no Brasil dificilmente ultrapassa R$ 360, enquanto no mercado externo pode chegar até a US$ 15 mil (ou R$ 19 mil). Ainda conforme levantamento feito pela Renctas, um dos animais com maior procura no exterior é o mico-leão-dourado, que no Brasil sai por cerca de US$ 180, enquanto na Europa chega a US$ 15 mil. O melro (Gnorimopsar chopi, também conhecido por pássaro preto e assum preto), ave que nas feiras livres do Sul e Sudeste do País é vendido por US$ 150, chega a US$ 13 mil nos Estados Unidos. (Fonte: João Domingos/ Estadão Online)fonte: http://www.cobrap.org.br